Os bombardeios israelenses transformaram uma região movimentada de Mawasi em um cenário de destruição, com carros em chamas e corpos mutilados. Os sobreviventes desabrigados relataram a dificuldade de encontrar um lugar seguro para se refugiar após o ataque. Aya Mohammad, uma vendedora local, descreveu a cena como algo que nunca havia presenciado antes, com o chão tremendo e corpos desmembrados.
A área de Mawasi, nos arredores de Khan Younis, se tornou um local de abrigo para centenas de milhares de palestinos que fugiram para lá após Israel declarar a região como uma zona segura. O ataque israelense visava Mohammed Deif, comandante militar do Hamas, e resultou na morte de pelo menos 90 pessoas, segundo autoridades palestinas.
No sul de Gaza, em Rafah, os moradores relataram novos confrontos e destruição de casas por parte das forças israelenses. Os bombardeios aéreos e de tanques se intensificaram na região central, atingindo campos de refugiados como Al-Bureij e Al-Maghazi. Em um ataque aéreo a uma casa em Al-Maghazi, cinco palestinos foram mortos.
As Forças Armadas de Israel afirmaram ter atingido dezenas de alvos militares palestinos em Gaza, resultando na morte de diversos combatentes. O braço armado do grupo militante Jihad Islâmica, a brigada Al-Quds, relatou estar envolvido em batalhas intensas no campo de Yabna, em Rafah.
Os confrontos e as operações militares continuam a ocorrer na região, gerando preocupações sobre a escalada da violência e o impacto humanitário nessa área que já sofre com décadas de conflito. A busca por uma solução pacífica e duradoura para o conflito israelo-palestino permanece como um desafio para a comunidade internacional.