No último fim de semana, dois ataques contra grupos guarani e kaiowá foram registrados no estado. O primeiro ocorreu em Douradina, enquanto o segundo aconteceu na Terra Indígena Dourados-Amambaipegua I. Durante esses ataques, indígenas foram alvos de tiros, resultando em feridos e gerando mais tensões.
A presença dos representantes federais se estenderá também ao Paraná, onde indígenas avá guarani foram atacados a tiros enquanto lutavam pelo reconhecimento de seus direitos à posse de terras que alegam pertencer a seus antepassados. O clima de violência e insegurança também afetou indígenas kaingang no Rio Grande do Sul, que sofreram ataques em Pontão.
A situação se agrava com a instabilidade gerada pela Lei do Marco Temporal e outras iniciativas anti-indígenas, que têm contribuído para a incerteza jurídica e atos de violência contra os povos indígenas. O Ministério dos Povos Indígenas está em constante diálogo com instituições como a Funai, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público Federal para garantir apoio aos indígenas e evitar mais violência.
Diante desse cenário tenso, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul expressou preocupação com a escalada da violência e pediu uma resolução pacífica para os conflitos fundiários. A entidade alerta para a insegurança jurídica vivenciada há décadas no estado e destaca a importância de uma resposta definitiva por parte do Poder Público para alcançar a pacificação no campo.
À medida que os representantes federais se envolvem nessas questões sensíveis, a esperança é de que possam encontrar soluções que respeitem tanto os direitos dos indígenas como dos produtores rurais, garantindo um ambiente de coexistência pacífica e respeito mútuo. A situação na região requer atenção e ação efetiva para evitar mais conflitos e promover a harmonia entre as comunidades envolvidas.