Alagoanos são ameaçados por pré-candidatura de Joaquim Barbosa

Na corrida presidencial, a disputa ganhou dois candidatos com participação na política alagoana: Aldo Rebelo e Fernando Collor. Para muitos, a surpresa veio na candidatura de Aldo que concorre a vaga pelo Solidariedade (SD), partido comandado pelo deputado federal Paulinho da Força.

O alagoano de Viçosa Aldo Rebelo, que foi ministro nos governos Lula e Dilma, e que já presidiu a Câmara dos Deputados, entrou para a disputa, apoiando a prisão de Lula e ao impeachment de Dilma.

Filiado por 40 anos ao PCdoB, Rebelo tem longa trajetória na esquerda, o político também  já foi do PSB, e deixou o partido depois da filiação do ex-ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, que  também está cotado para disputar a Presidência.

Na disputa pela presidência, os comunistas, escolheram Manoel d’Ávila, já os socialistas acabam de receber como filiado Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF, que também é presidenciável. Fato, que obrigou Aldo a adotar a filiação a um novo partido para disputar a vaga.

Antes do anuncio da pré-candidatura, houve rumores de que Rebelo poderia acabar sendo vice numa chapa com o deputado Rodrigo Maia (DEM) como candidato ao Planalto, mas em pronunciamento o político descartou a possibilidade.

Em sua campanha que começou no último dia 16, Rebelo afirmou que irá atuar em defesa da democracia e da liberdade. Para ele, a atual sociedade é refém da intolerância, fator que reflete, por exemplo na justiça do país.

Se você não assegura o direito do seu adversário fazer política, quem é que vai assegurar o seu direito? Então, essas coisas no Brasil precisam de uma agenda que valorize a democracia, a democracia, a convivência, o respeito. Quem pensa diferente de mim tem o direito de pensar e de respeitar também o que eu penso”, disse Aldo.

Nessa disputa o ex-presidente Fernando Collor (PTC) entra com apenas 1% das intenções de voto e uma imensa proposta de reforma política no país. Embora tenha diversas acusações em desfavor da candidatura, ele se considera um político diferenciado por já ter ocupado o cargo na década de 90.

Com a iminente radicalização da esquerda e direita, Collor escolheu ficar no centro, mas tem analisado as configurações partidárias para obter vantagem, como um bom político.

No alvo: Joaquim Barbosa

Do outro lado da disputa, Joaquim Barbosa ocupa o cargo desejado pelo adversário Aldo, anteriormente.  O candidato mal chegou no pleito, e já apresenta resultados satisfatórios no cenário político-eleitoral dos últimos dias. Uma pesquisa do Datafolha do último dia 15 de abril, mostrou que Barbosa já possui  10% das intenções de voto.

O inesperado desempenho gerou uma série de especulações e movimentos entre os partidos, já que o candidato do PSB estava ausente do plano político há cerca de dois anos. 

Agora com bons resultados, Barbosa vira alvo não só de Aldo, mas também de Ciro Gomes e Geraldo Alckmin que o consideram uma ameaça, com farpas e insinuações. 

Questionado sobre a suposta mudança de partido por conta de Joaquim Barbosa, Aldo respondeu que não considerou a candidatura do ex-ministro nem um perigo, nem uma ameaça para ninguém, e que a mudança de legenda foi realizada apenas porque havia uma inclinação do partido pela candidatura do ex-ministro. No entanto, disse em outro momento que sua filiação e as conversas sobre eventual candidatura foram “meio nebulosas”.

O ex-presidente Fernando Collor, também não tem uma das melhores relações com Joaquim. Para quem não lembra, em 2014 Collor criticou a postura de Barbosa no julgamento em que foi inocentado pelo STF. Ele disse que a postura de Barbosa era lamentável, apenas por ter criticado a justiça brasileira. O motivo, foi porque o processo de Collor,  passou 23 anos tramitando em diferentes instâncias da Justiça.

Apesar de um estar se declarando um forte candidato, ainda parece ser cedo, segundo analistas adiciona-lo aos favoritos, já que não se sabe o que ele pensa sobre os grandes temas da economia. 

 

 

Botão Voltar ao topo