Maduro declarou que a Venezuela possui “a melhor auditoria do mundo” e que “nenhum boletim de urna é auditado no Brasil”. Em resposta, o TSE reiterou a segurança e auditabilidade das urnas eletrônicas brasileiras e classificou as declarações do presidente venezuelano como falsas.
Em comunicado, o Tribunal Superior Eleitoral destacou que não aceita que as eleições e as urnas eletrônicas brasileiras sejam desqualificadas por declarações ou atos que desrespeitem a integridade do processo eleitoral. Portanto, a missão do tribunal no pleito venezuelano, que contaria com a presença de dois especialistas em sistemas eleitorais, foi cancelada.
Enviar representantes para acompanhar eleições em outros países é uma prática comum do TSE, que também recebe delegações internacionais durante os pleitos municipais e presidenciais no Brasil. No entanto, diante das declarações de Maduro e da defesa da integridade do sistema eleitoral brasileiro, a decisão foi de não enviar os técnicos para a Venezuela.
Na eleição venezuelana, além de Maduro, outros nove candidatos estão registrados. No entanto, há denúncias de prisões de opositores às vésperas da votação e de restrições à liberdade da população, dos meios de comunicação e de observadores internacionais. A controvérsia em torno do processo eleitoral no país sul-americano levou o TSE a reavaliar a participação de seus representantes no acompanhamento do pleito.