BRASIL – Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais: Importância da Prevenção e Tratamento gratuito no SUS no Brasil.

Neste domingo, 28 de julho, comemora-se o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, uma data de extrema importância para conscientizar a população sobre medidas preventivas contra essas inflamações que afetam o fígado, um órgão vital para o bom funcionamento do corpo humano. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente vacinas para as hepatites A e B, bem como tratamento para os diversos tipos da doença (A, B, C, D e E).

As hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C, mas também existem o vírus da hepatite D, mais prevalente na Região Norte do país, e o vírus da hepatite E, mais comum na África e na Ásia do que no Brasil.

De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2023 foram notificados 785.571 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. A Região Nordeste concentra a maior proporção de infecções pelo vírus A, enquanto a Região Sudeste lidera em casos de hepatite B e C, e a Região Sul em casos de hepatite D.

Os sintomas das hepatites virais, muitas vezes, passam despercebidos até que a doença atinja um estágio crônico ou cause complicações. Os sintomas podem incluir cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

A infectologista Sílvia Fonseca ressaltou a importância do diagnóstico precoce, da vacinação e do tratamento disponíveis no SUS. A hepatite A, por exemplo, é transmitida principalmente por via fecal-oral, relacionada à falta de saneamento básico, e pode ser prevenida com medidas de higiene e vacinação.

Já as hepatites B e C são transmitidas principalmente por contato sexual desprotegido ou por objetos contaminados, como agulhas. O tratamento para a hepatite C está disponível no SUS e é eficaz para evitar complicações como cirrose e câncer de fígado.

A hepatite D, considerada a mais grave, tem como formas de contágio a prática de relações sexuais desprotegidas e o compartilhamento de seringas. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e a rede pública está preparada para oferecer tratamento e prevenção.

Em relação à hepatite E, de baixa incidência no Brasil, a prevenção se dá pela via fecal-oral, relacionada à higiene e aos alimentos contaminados. Assim como a hepatite A, não há um tratamento específico para a hepatite E.

No geral, a prevenção, por meio da vacinação, adoção de medidas de higiene e práticas seguras, é fundamental para combater as hepatites virais e proteger a saúde da população.

Botão Voltar ao topo