BRASIL – Governo venezuelano expulsa representantes diplomáticos de sete países que contestaram eleição de Maduro em pronunciamentos intervencionistas.

Após as eleições presidenciais na Venezuela que garantiram a reeleição de Nicolás Maduro, o governo do país decidiu expulsar representantes diplomáticos de sete países que contestaram o resultado das urnas. Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai foram alvo da medida, considerada uma resposta às críticas feitas em relação à eleição. Durante a segunda-feira (29), o governo venezuelano emitiu um comunicado condenando a postura dos países que não reconheceram a vitória de Maduro, classificando as declarações como um atentado à soberania nacional e intervencionismo.

Segundo o comunicado divulgado, a Venezuela promoverá todas as ações legais e políticas necessárias para garantir a autodeterminação do país e rejeitará declarações de governos de direita subordinados aos interesses dos Estados Unidos. A nota também mencionou o Grupo de Lima, que busca desconhecer os resultados eleitorais e foi considerado como uma ameaça ao clima de paz na Venezuela.

Apesar das contestações, Maduro foi proclamado vitorioso para um novo mandato de 2025 a 2030, com 51,21% dos votos. No entanto, o resultado foi questionado pelo segundo colocado, Edmundo González. Enquanto o Brasil aguarda a publicação dos dados desagregados por mesa de votação para garantir a transparência do pleito, representantes dos Estados Unidos e da União Europeia, assim como Rússia e China, manifestaram opiniões divergentes em relação ao resultado das eleições.

Por outro lado, protestos eclodiram nas cidades venezuelanas em resposta à reeleição de Maduro, com manifestantes exigindo a divulgação completa dos votos. De acordo com a Agência Reuters, os protestos foram reprimidos por forças de segurança em alguns locais. A situação política na Venezuela permanece tensa, com o governo enfrentando críticas internas e externas em relação ao processo eleitoral e à legitimidade da reeleição de Nicolás Maduro.

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