Segundo o líder das Forças Armadas venezuelanas, os protestos ocorridos nos últimos dias no país são considerados atos de terrorismo e sabotagem promovidos por influências internacionais com o objetivo de deslegitimar o processo eleitoral. Ele descreveu tais protestos como expressões de irracionalidade e ódio, parte de um plano pré-estabelecido por grupos políticos derrotados nas eleições, com apoio do imperialismo norte-americano e seus aliados internos e externos.
Após o anúncio da vitória de Maduro nas eleições de domingo (28), manifestações contrárias ao resultado foram registradas em diversas regiões da Venezuela. O Ministério Público venezuelano reportou 759 prisões, 48 policiais feridos e um membro da Guarda Bolivariana morto por arma de fogo. A organização não governamental Foro Penal estima que seis manifestantes tenham sido mortos desde a segunda-feira (29).
Padrino López denunciou a destruição de centros de votação, prédios públicos e privados, instalações militares e policiais, bem como símbolos nacionais, como estátuas do líder Chávez. Ele mencionou que líderes e organizações que incitam a violência estão sendo identificados, presos e legalmente processados.
O chefe militar reiterou um apelo à população para não ceder a provocadores e manipulações que possam promover violência e intolerância. O impasse político na Venezuela persiste, com acusações de golpe de Estado por parte do governo de Maduro e questionamentos à transparência das eleições por parte da oposição e organismos internacionais.
A segurança das urnas eletrônicas venezuelanas foi destacada, com um sistema próprio e offline para o envio dos votos para totalização, além de uma verificação por amostragem para garantir a fidedignidade dos resultados. No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral ainda não divulgou as atas que comprovem o resultado eleitoral. Padrino López pediu calma à população e afirmou que o Poder Eleitoral está tomando as medidas necessárias para lidar com a situação.