O presidente do México, López Obrador, enfatizou a necessidade de aguardar a divulgação das atas antes de desqualificar o resultado eleitoral. O líder mexicano criticou a posição da Organização dos Estados Americanos (OEA), que questionou a legitimidade das eleições na Venezuela. Obrador destacou que a OEA não é um órgão democrático e representa apenas uma fração dos países americanos.
Por sua vez, o presidente colombiano, Gustavo Petro, pediu transparência na divulgação das atas eleitorais e expressou sua preocupação com a possibilidade de desestabilização na Venezuela. Petro também pediu aos Estados Unidos que suspendam o embargo econômico contra o país vizinho, argumentando que a medida aumenta o sofrimento da população e promove o êxodo em massa.
O professor de relações internacionais Robson Valdez avaliou que a postura do Brasil, México e Colômbia está alinhada ao princípio de não intervenção nos assuntos internos de outros países. Ele ressaltou que a desestabilização da Venezuela pode ter repercussões regionais e globais, o que justifica a cautela dos Estados Unidos em evitar um cenário de confronto geopolítico.
A Venezuela enfrentou um ataque hacker que prejudicou as comunicações do CNE e atrasou a publicação das atas eleitorais. A oposição alega fraude e convocou manifestações em todo o país, resultando em confrontos violentos e manifestações. O governo de Maduro acusa a oposição de tentativa de golpe de Estado, enquanto grupos opositores pedem intervenção militar.
Em meio a esse cenário tenso, a incerteza política na Venezuela preocupa os países vizinhos e levanta questões sobre a legitimidade do processo eleitoral. A espera pela divulgação das atas eleitorais continua, enquanto a tensão social e política na Venezuela se intensifica.