Segundo a instituição, que conta com a chancela do ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, a ausência de divulgação dos resultados detalhados por mesa eleitoral representa uma clara violação dos princípios eleitorais. Esta postura foi apoiada pelas críticas feitas quanto à falta de transparência e integridade no processo eleitoral que culminou com a reeleição de Nicolás Maduro.
Dentre os apontamentos feitos pelo Centro Carter, destacam-se a limitação no acesso da oposição aos meios de comunicação e aos recursos públicos, a intervenção judicial em partidos opositores, além de barreiras significativas para a inscrição de candidatos contrários ao governo. Tais elementos contribuíram para o questionamento da legitimidade do pleito, que os observadores não hesitaram em qualificar como não democrático.
Em contrapartida, defensores do governo argumentam que o CNE possui um prazo legal de 30 dias para apresentar os resultados oficiais, conforme estabelece o artigo 125 da Lei Orgânica dos Processos Eleitorais. Ainda assim, as justificativas apresentadas pelo órgão eleitoral, como um suposto ataque hacker que teria retardado a divulgação dos dados, não foram o suficiente para dissipar as dúvidas levantadas pelo Centro Carter.
Por fim, o comunicado enfatizou a importância da transparência e integridade nos processos eleitorais, ressaltando que os cidadãos venezuelanos anseiam por participar de um sistema democrático que garanta seus direitos civis. Diante das inúmeras controvérsias e violações apontadas, o Centro Carter permanece vigilante em seu compromisso de promover a democracia e a justiça eleitoral em todo o mundo.