BRASIL – Brasil, Colômbia e México pedem resolução institucional para impasse eleitoral na Venezuela e divulgação de dados por mesa de votação

Os governos do Brasil, Colômbia e México emitiram uma declaração conjunta nesta quinta-feira (1º) pedindo uma resolução para a situação das eleições na Venezuela de forma institucional. A nota reforçou a posição dos três países de que os dados das eleições de domingo passado devem ser divulgados por mesa de votação.

O comunicado destaca que as controvérsias em relação ao processo eleitoral devem ser resolvidas através das instituições. Além disso, ressalta a importância de respeitar o princípio da soberania popular por meio de uma verificação imparcial dos resultados.

A divulgação do documento ocorreu após uma conversa por telefone entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Colômbia, Gustavo Petro; e do México, Andrés Manuel López Obrador. Eles manifestaram seu acompanhamento atento ao processo de escrutínio dos votos, enfatizando a importância de divulgar os dados desagregados por mesa de votação.

Os três países latino-americanos também fizeram um apelo para que todos os atores políticos e sociais atuem com cautela e evitem manifestações e eventos públicos que possam levar a mais violência. A prioridade é manter a paz social e proteger vidas humanas.

Os líderes afirmaram ter absoluto respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela e se mostraram dispostos a apoiar esforços de diálogo e busca de acordos que beneficiem a população venezuelana.

A situação na Venezuela tem sido marcada por protestos e violência desde a proclamação de Nicolás Maduro como presidente. A oposição acusa o processo de fraude e os confrontos resultaram em mortes, prisões e feridos, incluindo agentes de segurança.

Além disso, o comunicado conjunto dos três países ocorre um dia após eles não endossarem a resolução votada na OEA, que exigia a publicação imediata das atas eleitorais e uma verificação integral dos resultados por organizações de observação independentes. O México criticou a postura da OEA, argumentando que a organização não tem equilíbrio e isenção para discutir a situação na Venezuela.

Dessa forma, a questão das eleições na Venezuela continua gerando tensões e debates entre os países da região, com diferentes posições sendo apresentadas e um cenário de incerteza em relação aos próximos passos a serem tomados.

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