Representantes dos 38 partidos que participaram da eleição, juntamente com nove dos dez candidatos, compareceram ao TSJ para se reunir com os juízes da Sala Eleitoral. O principal candidato da oposição, Edmundo González, não compareceu, alegando que o TSJ não possui competência para investigar o processo eleitoral, sendo essa uma atribuição do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Os dirigentes dos partidos que apoiam Edmundo González estiveram presentes, mas não apresentaram as atas em sua posse, argumentando que já as publicaram online. Maduro criticou a oposição por não disponibilizar seus documentos e enfatizou a importância da transparência no processo.
Na Venezuela, ao final da votação, a urna emite a ata eleitoral, que é distribuída aos fiscais de cada partido presente no local. Os documentos servem para conferir os dados usados na totalização dos votos pelo CNE. Apesar disso, o Poder Eleitoral não divulgou os dados detalhados de cada mesa de votação até o momento.
O representante do PSUV, Diosdado Cabello, explicou que na Venezuela os resultados são apresentados, e em caso de contestação, as atas podem ser usadas como prova. O CNE ainda não publicou os dados por mesa de votação, mantendo seu site fora do ar.
O órgão eleitoral anunciou a vitória de Maduro, porém sem detalhar os resultados por mesa de votação ou realizar as auditorias previstas. A campanha de Edmundo González divulgou supostas atas eleitorais indicando sua vitória, mas o governo alega que foram falsificadas. Uma investigação penal foi aberta contra os responsáveis pela página que hospedou esses documentos.
Diante desse cenário, a Suprema Corte da Venezuela conduziu uma investigação para apurar o processo eleitoral. As supostas atas originais foram entregues ao Judiciário sem serem divulgadas publicamente. Brasil, México e Colômbia solicitaram a divulgação dos dados eleitorais completos.