Essa diminuição na produção é atribuída, principalmente, à perda de produtividade das lavouras devido a adversidades climáticas. A falta de chuvas em algumas regiões desacelerou o desenvolvimento das plantas, levando a quedas na produtividade. Em outros locais, o excesso de precipitação resultou em inundações que também afetaram a produtividade das culturas.
Apesar da redução na produção, a área cultivada teve um aumento de 1,5% em comparação com a safra passada. Destacam-se os crescimentos nas áreas de soja, gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz. Por outro lado, houve redução nas áreas plantadas de milho e trigo.
A produção de milho segunda safra está avançada e a estimativa é de 90,28 milhões de toneladas. As semeaduras realizadas na janela ideal obtiveram boas produtividades, mas em algumas regiões como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, fatores como veranicos, altas temperaturas e ataques de pragas prejudicaram o potencial produtivo do cereal.
Em relação a outras culturas, espera-se um recorde na produção de algodão pluma, aumento na produção de arroz e feijão, mas uma queda na produção de soja e trigo. A soja é o principal grão cultivado no país e deve fechar a safra atual com 147,38 milhões de toneladas produzidas, representando uma queda de 4,7%.
No caso do trigo, a expectativa é de uma redução de 11,6% na área plantada, estimada em 3,07 milhões de hectares na Região Sul. A produção total de grãos na safra 2023/2024 tende a ser a segunda maior já colhida no país, mesmo com as adversidades enfrentadas nas lavouras.
