A visita dos profissionais de saúde a essa região se deu após a notificação de 13 casos da doença, sendo oito deles na própria comunidade. Durante a ação educativa, os especialistas não só orientaram os indígenas Xukuru-Kariri, mas também realizaram a coleta de amostras do mosquito do tipo “Maruim”, que é o vetor responsável pela transmissão da Febre Oropouche.
O objetivo principal da ação foi determinar se a doença estava se disseminando na aldeia ou se havia sido trazida de outras localidades. Segundo Claricio Bugarim, assessor técnico do Núcleo de Vetores, Zoonoses e Fatores Ambientais da Sesau, o alto número de casos detectados em Palmeira dos Índios chamou a atenção das autoridades de saúde, que mobilizaram esforços para investigar a origem e a forma de transmissão da doença.
Além das atividades educativas e de coleta de amostras, a Sesau firmou parceria com a Secretaria Municipal de Saúde para capacitar técnicos locais na identificação e prevenção de focos do mosquito transmissor. Medidas de proteção, como o uso de roupas que cobrem o corpo e a aplicação de repelentes, foram enfatizadas durante a visita.
Paulo Protásio, supervisor de endemias da Sesau, ressaltou a importância de estar atento aos sintomas da Febre Oropouche e de adotar medidas preventivas para evitar a propagação da doença. Ainda durante a visita, foram alinhadas ações com as unidades assistenciais da Atenção Básica em Saúde, visando um atendimento adequado e eficiente aos pacientes.
A iniciativa da Sesau e dos demais órgãos de saúde foi bem recebida pela comunidade indígena, que reconheceu a importância de entender e prevenir a Febre Oropouche. A colaboração entre as esferas governamentais e a comunidade local foi fundamental para o sucesso da ação, que visa proteger a população e conter a propagação da doença.