O governo tem buscado uma saída negociada para a crise na Venezuela, defendendo o diálogo e evitando impor soluções de fora. A delicadeza do impasse coloca em risco a estabilidade em toda a América Latina, o que a diplomacia brasileira procura evitar.
Amorim ressaltou a complexidade do problema, destacando a falta de consenso e a dificuldade de conciliar os princípios constitucionais de defesa da democracia e de não intervenção nos assuntos internos de outros países. O embaixador reconheceu a impaciência do presidente Lula diante da demora na apresentação das atas, mas ressaltou que impor uma data limite não seria produtivo.
Senadores de oposição pressionaram por uma posição mais dura do Brasil em relação ao governo venezuelano, citando o exemplo dos Estados Unidos. No entanto, líderes do governo no Congresso Nacional e o próprio embaixador Amorim defenderam a postura de equilíbrio e diálogo adotada pela diplomacia brasileira.
A divergência de opiniões e a pressão internacional também foram temas abordados durante a audiência, com alguns senadores defendendo o afastamento do Brasil de Maduro e outros apoiando a atuação diplomática atual. A situação na Venezuela continua sendo acompanhada de perto pela comunidade internacional, com denúncias de prisões arbitrárias e violações dos direitos humanos.
Em meio a tantas incertezas e pressões, o governo brasileiro mantém sua posição de buscar uma solução pacífica e diplomática para a crise na Venezuela, priorizando o diálogo e a busca por uma saída negociada para evitar a intensificação da instabilidade na região.