Realizado em São Luís, no Maranhão, o seminário aconteceu ao longo de três dias e foi marcado por discussões sobre o cenário normativo da regularização de áreas de ocupação tradicional. O foco era reunir subsídios que possibilitassem avanços no processo de reconhecimento dos territórios, que são essenciais para a reprodução cultural, social e econômica dos povos e comunidades. Dentre os grupos beneficiados por essa política destacam-se quilombolas, indígenas e ribeirinhos.
Durante as discussões, Leone Silva, gerente de Povos Tradicionais e Direitos Humanos do Iteral, ressaltou a importância de se discutir propostas concretas para evoluir nessa pauta. Segundo ela, o poder público tem a obrigação constitucional de defender e valorizar o patrimônio cultural brasileiro, preservando as raízes dos precursores da sociedade.
O Seminário do Nordeste foi apenas o primeiro de uma série de cinco fóruns regionais dedicados à construção participativa de uma normativa de regularização fundiária mais justa e eficaz para as comunidades tradicionais. Além de Alagoas, representantes de outros estados como Maranhão, Piauí, Bahia, Pernambuco, Ceará, Paraíba e Sergipe também estiveram presentes no evento.
A participação do Iteral no seminário foi fundamental para representar e contribuir com as discussões acerca da regularização fundiária, demonstrando o compromisso do estado de Alagoas com a valorização e proteção dos territórios tradicionais e de suas comunidades.