Em uma nota divulgada em suas redes sociais, Boscán denunciou irregularidades, falta de transparência e a suspensão de auditorias previamente planejadas. Segundo ele, a decisão de não comparecer à sala de totalização foi tomada após presenciar diversas irregularidades durante o processo eleitoral. Alegou que testemunhas foram expulsas de centros eleitorais, houve falhas na transmissão de dados e um suposto ataque hacker interferiu no processo. Todas essas questões levaram o reitor a questionar a lisura do pleito.
Em um comunicado extenso divulgado nesta segunda-feira (26), Juan Carlos Delpino Boscán relembrou os acontecimentos do dia da votação, onde destacou diversas falhas e falta de transparência no processo. Criticou a interrupção da transmissão de dados dos resultados, a falta de publicação dos votos por mesa eleitoral dentro do prazo habitual e a demora na publicação dos dados completos, o que resultou na suspensão de auditorias.
Além disso, Boscán fez duras críticas à escolha da data da eleição, a exclusão de partidos aptos a participar, a restrição dos observadores da União Europeia e o processo de tomada de decisões do CNE. Ele ressaltou sua preocupação com a falta de reuniões da direção do Conselho, destacando que a tomada unilateral de decisões prejudica o funcionamento efetivo do órgão.
Enquanto o impasse político persiste, com o governo de Maduro acusando a oposição de promover um golpe de Estado e a oposição alegando ter atas eleitorais que indicam a vitória de outro candidato, a população venezuelana aguarda ansiosamente por esclarecimentos e transparência no processo eleitoral. Acredita-se que apenas com uma investigação imparcial e transparente será possível dissipar as dúvidas e resgatar a confiança do povo venezuelano na democracia.
