Os alunos têm demonstrado insatisfação em relação aos novos critérios estabelecidos para a concessão de bolsas e auxílios, chegando inclusive a ocupar o prédio da reitoria por duas vezes, o que resultou na suspensão das aulas. As mudanças anunciadas foram formalizadas por meio do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 38/2024 e trazem uma série de medidas, como a restrição do Auxílio Alimentação apenas aos estudantes de cursos sediados em campi ainda sem restaurante universitário.
É importante destacar que essas mudanças também estabelecem um limite de renda bruta familiar, por pessoa, para a concessão de auxílios e Bolsa de Apoio à Vulnerabilidade Social. Esse valor, atualmente de até meio salário mínimo vigente, corresponde a R$ 706. Os estudantes, por sua vez, solicitam a revogação do Aeda 38/2024, argumentando que a falta desses recursos pode impactar negativamente em sua continuidade nos estudos e permanência na universidade.
Em tentativa de negociação, a Uerj apresentou uma proposta de transição, oferecendo um auxílio de R$ 400 mensais para os alunos que perderam o direito à Bolsa de Apoio à Vulnerabilidade Social, além de gratuidade no restaurante universitário até dezembro de 2024. A proposta também sugeria a criação de um grupo de trabalho para rever casos de alunos não contemplados com bolsa permanência devido à documentação incompleta. No entanto, essas medidas ainda encontram resistência por parte dos estudantes.
Nesse contexto de tensão e negociações, o repasse de R$ 150 milhões por parte do governo do Rio de Janeiro representa uma tentativa de garantir a estabilidade financeira da Uerj e evitar possíveis impactos negativos na comunidade estudantil. A expectativa é de que essa verba possa contribuir para solucionar parte dos problemas em curso na instituição de ensino.