De acordo com a economista da FGV/Ibre, Anna Carolina Gouveia, o resultado de agosto marca a terceira queda consecutiva do Indicador de Incerteza da Economia. Esse retorno a um patamar mais confortável de incerteza é atribuído, principalmente, à redução das incertezas fiscais e aos resultados favoráveis da atividade econômica. Enquanto o componente de Mídia contribuiu negativamente com 3,2 pontos para a queda do índice agregado, o componente de expectativas apresentou a quarta alta seguida, registrando um aumento da dispersão nos cenários futuros dos especialistas para a taxa de juros Selic e o câmbio.
A análise dos dados revela que o componente de Mídia do IIE-Br teve uma queda de 3,7 pontos em agosto, atingindo o menor nível desde março deste ano, com 106,1 pontos. Já o componente de expectativas, que mede a dispersão nas previsões dos especialistas para variáveis macroeconômicas, registrou um aumento de 3,5 pontos, acumulando uma alta superior a 20 pontos desde maio. Com isso, o indicador alcançou 111,4 pontos em agosto, o maior nível desde junho do ano passado, contribuindo positivamente com 0,7 ponto para o resultado do IIE-Br no mês.