Atualmente, os negros representam 52% da população brasileira, mas enfrentam uma série de obstáculos que impedem o seu pleno desenvolvimento econômico. As oportunidades desiguais em termos de educação, empregabilidade, acesso ao crédito e condições de vida impactam diretamente no potencial de crescimento do país.
Para a presidenta do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Mendes Santos Servo, o empoderamento econômico da população negra é uma necessidade urgente para o Brasil se tornar um país desenvolvido. Ela ressaltou que o investimento nesse segmento da população é fundamental para impulsionar o crescimento, a produtividade e o PIB nacional.
A desigualdade racial é apontada como um obstáculo ao crescimento econômico pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou a importância de superar essa disparidade histórica para transformar a economia brasileira e fortalecer o mercado interno.
Outros participantes do seminário também ressaltaram a necessidade de políticas públicas voltadas para a geração de renda e o estímulo ao empreendedorismo entre a população negra. O racismo institucional no Brasil foi apontado como uma forma de exploração que favorece alguns grupos em detrimento de outros, contribuindo para a manutenção das desigualdades.
Diante desse cenário, é fundamental que o país adote medidas efetivas para promover a inclusão e o empoderamento da população negra. A discriminação racial não apenas prejudica diretamente os indivíduos afetados, mas também impacta negativamente toda a sociedade. Portanto, a questão do empoderamento econômico da população negra deve se tornar uma agenda central nas políticas públicas e nas ações de desenvolvimento do Brasil.