De acordo com o comunicado do Acnur, foram registrados pelo menos 88 casos de mpox entre refugiados na África, com destaque para os 68 casos da República Democrática do Congo (RDC). Esse país apresenta o maior número de incidências da doença a nível global, seguido por cidadãos da República do Congo e de Ruanda.
A situação na África é alarmante, com mais de 20 mil casos suspeitos de mpox ao longo de 2024. Além disso, a região abriga um terço do total de pessoas deslocadas forçadamente, enfrentando surtos da doença em meio a cenários de extrema vulnerabilidade. Os refugiados vivem em abrigos superlotados, sem acesso a água potável, itens de higiene pessoal e alimentação adequada, além de enfrentarem dificuldades no acesso à saúde.
O escritório das Nações Unidas para refugiados alerta que a emergência global de mpox pode sobrecarregar ainda mais os recursos humanitários já escassos, podendo interromper serviços essenciais como a distribuição de alimentos e educação. A falta de assistência adequada coloca os refugiados em maior risco de contrair doenças e dificulta a proteção dessas populações vulneráveis.
Diante deste cenário preocupante, o Acnur ressalta a importância da solidariedade internacional e do apoio financeiro para garantir o acesso aos serviços de saúde e a proteção dos refugiados africanos afetados pela mpox.