Durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, a representante do Comitê Materno-Infantil da Sociedade Brasileira de Infectologia, Ana Frota, explicou que a VOP, contendo o vírus enfraquecido, pode levar a casos de pólio derivados da vacina em situações de condições sanitárias precárias. A retirada da vacina oral e a substituição pela injetável são consideradas necessárias para evitar esses possíveis casos.
A mudança no esquema vacinal visa garantir a eficácia da imunização contra a poliomielite, além de seguir as orientações internacionais de saúde. A própria OMS recomenda a troca das vacinas, e a repórter que participou do evento destacou a importância da medida. Além disso, a vacina oral será utilizada apenas para controle de surtos em situações específicas, como em regiões como a Faixa de Gaza, no Oriente Médio.
A decisão do Ministério da Saúde de adotar exclusivamente a vacina injetável no reforço aplicado aos 15 meses de idade, em substituição à dose oral, visa melhorar a cobertura vacinal e garantir a proteção contra a poliomielite. Desde 1989, o Brasil não registra casos da doença, porém, as quedas nas coberturas vacinais nos últimos anos levaram à necessidade de atualização do esquema de imunização.
Portanto, a aposentadoria da vacina oral poliomielite no Brasil representa um avanço na proteção da população, seguindo as diretrizes internacionais e visando manter o país livre da doença. A troca das vacinas é mais uma medida importante para fortalecer o programa de imunização e garantir a saúde da população.
