Entre os municípios mais afetados estão São Félix do Xingu, no Pará, com 6.474 focos de fogo, seguido por Altamira, também no Pará, com 5.250 locais de queimadas. Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e Novo Progresso, no Pará, ocupam o terceiro e quarto lugares, respectivamente, entre as cidades mais atingidas. A preocupação se intensifica ao observar que nove dessas dez cidades estão localizadas na Amazônia, reforçando a gravidade da situação na região.
O membro do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, Beto Mesquita, alerta para a relação entre as áreas mais atingidas pelo fogo e aquelas que mais desmataram em 2023, conforme dados do sistema Prodes do Inpe. Esse cenário indica que as queimadas podem estar sendo utilizadas como um novo agente de degradação ambiental, dificultando a detecção de atividades ilegais, como a extração de madeira nobre.
Diante desse contexto, torna-se fundamental que os governos federal e estaduais adotem estratégias eficazes de combate, fiscalização e preservação ambiental para enfrentar os desafios impostos pelas queimadas. É necessário um esforço conjunto para proteger a biodiversidade, combater o desmatamento e garantir a sustentabilidade das regiões afetadas.