BRASIL – Lançamento da série digital “Os 7 Mitos sobre Paulo Freire” busca desmistificar equívocos em torno do educador pernambucano.

O renomado educador e filósofo recifense, Paulo Freire, tem sido alvo de intensos debates e discussões entre brasileiros e estrangeiros, que ora rejeitam seus princípios, ora os abraçam com fervor. No entanto, muitas distorções acerca de sua filosofia têm sido propagadas ao longo dos anos, levando o Instituto Cultiva a lançar a série digital “Os 7 Mitos sobre Paulo Freire” com o objetivo de esclarecer tais equívocos.

Nascido na capital pernambucana em 1921, Paulo Freire emergiu em um contexto social marcado por desigualdades e injustiças, elementos que moldaram sua visão de mundo e sua abordagem pedagógica. Em uma entrevista à Agência Brasil, o cientista político Rudá Ricci, que foi aluno e admirador de Freire, revelou suas experiências pessoais com o educador.

Ricci relembrou sua primeira tentativa de se aproximar de Freire durante seus anos de graduação em Direito na PUC-SP, onde ele cabulava aulas para assistir às brilhantes exposições do mestre. Essa proximidade resultou em uma amizade profunda e em convites para participar de seminários e projetos educacionais ao lado de Freire.

A pedagogia freiriana, pautada pela humanização e emancipação dos sujeitos, transforma não apenas os educandos, mas também os próprios educadores. Através de técnicas como o “silêncio tático”, Freire incentivava o diálogo e a escuta atenta dos alunos, respeitando suas individualidades e contextos sociais.

Para Freire, a educação não se resume a métodos técnicos, mas deve considerar a realidade de cada estudante, suas necessidades e desafios. O educador é visto como um mediador do conhecimento, capaz de promover transformações sociais e políticas através do diálogo e da compreensão mútua.

Dessa forma, a série do Instituto Cultiva busca desmistificar os equívocos em torno da figura de Paulo Freire e ressaltar sua relevância como um pensador visionário e um defensor incansável da educação libertadora. Suas ideias continuam a inspirar educadores em todo o mundo, reforçando a importância do diálogo, da empatia e da justiça social no processo educativo.

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