Localizadas nos estados do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, esses municípios concentram um total de 39.247 pontos de incêndio, dos 190.943 focos registrados em todo o território nacional desde o início do ano. São Félix do Xingu, no Pará, lidera a lista, com impressionantes 6.474 focos de queimadas, seguido por Altamira, também no Pará, com 5.250 incêndios.
O Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima tem chamado a atenção para o fato de que a maioria dessas cidades está localizada na Amazônia, com exceção de Corumbá, que se situa no Pantanal. Segundo o especialista Beto Mesquita, essa concentração de incêndios na Amazônia pode indicar uma mudança de estratégia por parte dos responsáveis pela destruição do meio ambiente, visando escapar da detecção por sensores remotos.
Além disso, sete das dez cidades com mais queimadas neste ano também estão na lista dos municípios que mais desmataram em 2023, de acordo com o Prodes, do Inpe. Isso evidencia a urgência de ações mais efetivas por parte dos governos federal e estaduais, a fim de combater a devastação e promover a preservação ambiental.
Diante desse cenário preocupante, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, determinou que seis estados da Amazônia expliquem as razões que levam a uma concentração tão alta de focos de queimadas em apenas 20 municípios da região. A manifestação deverá ser enviada dentro de 30 dias, visando buscar soluções para o combate a essa problemática ambiental que afeta não apenas o Brasil, mas todo o planeta.
