BRASIL – Forças Armadas destroem pista de pouso ilegal na Terra Yanomami em operação de combate ao garimpo, marcando início de nova fase do governo.

As Forças Armadas protagonizaram uma ação crucial na última quarta-feira (18), ao destruir a primeira pista de pouso dentro da Terra Yanomami, utilizada para abastecer o garimpo ilegal. Essa manobra marca o início de uma nova frente de batalha do governo federal contra o garimpo ilegal na região de Surucucu.

O objetivo da demolição dessa infraestrutura é interromper as principais rotas de abastecimento dos garimpeiros, dificultando seu acesso às áreas remotas onde práticas ilícitas são realizadas. Vale ressaltar que essa não foi a única pista a ser desmantelada, visto que outras 44 já haviam sido destruídas entre março e setembro deste ano, todas localizadas nas proximidades da Terra Yanomami.

Para identificar essas rotas clandestinas, têm sido utilizados sobrevoos de reconhecimento, imagens de satélite e tecnologia de ponta fornecida pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). O radar SABER M60, desenvolvido pelo Exército, também foi um componente fundamental na localização da pista de pouso em questão.

A coleta de dados de inteligência das Forças Armadas, aliada às tecnologias mencionadas, forneceu informações cruciais para a coordenação da operação conjunta entre militares e a Casa de Governo. Destruir pistas clandestinas é imprescindível para desmantelar a logística dos garimpeiros e desencorajar a exploração ilegal de novas áreas dentro e ao redor da Terra Yanomami.

Segundo Nilton Tubino, assessor da Secretaria-geral da Presidência da República, a destruição das pistas tem impacto direto na logística do garimpo, tornando mais difícil para os garimpeiros continuarem suas atividades. Isso pode desmotivá-los a permanecer na área indígena, o que é um resultado positivo para a preservação do território.

O governo federal continua monitorando outras pistas clandestinas e planeja realizar novas ações em breve como parte do plano de retirada da Terra Yanomami. O uso de tecnologias avançadas de monitoramento é um dos pilares para o sucesso dessa estratégia. Desde março até setembro deste ano, foram realizadas 1.812 operações que resultaram na destruição de várias infraestruturas e equipamentos utilizados pelos garimpeiros, causando um prejuízo estimado em R$ 209 milhões. O combate ao garimpo ilegal na região segue sendo uma prioridade do governo.

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