Em uma entrevista coletiva sobre o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, Guimarães destacou que mesmo com críticas do mercado financeiro, as estimativas do governo estão próximas da realidade. Ele ressaltou que o esforço do governo para cumprir as metas tem sido constante e que não haverá alteração na meta de déficit primário para o ano de 2024.
Recentemente, o governo divulgou um relatório que liberou R$ 1,7 bilhão do Orçamento de 2024, com uma redução na estimativa de déficit primário para R$ 28,3 bilhões. Esse valor é R$ 400 milhões abaixo do limite mínimo da margem de tolerância prevista. No entanto, gastos excepcionais, como os recursos para reconstruir o Rio Grande do Sul e para combater incêndios florestais, não estão incluídos na meta de déficit.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o crescimento econômico acima do esperado e as medidas de arrecadação sobre os mais ricos serão cruciais para o governo cumprir a meta de déficit zero em 2024. Durigan rebateu as críticas sobre “contabilidade criativa” e ressaltou que a economia está superando as expectativas.
Para compensar a redução na entrada de recursos com o voto de desempate do governo no Carf, o relatório elevou as previsões de receitas não administradas diretamente pela Receita Federal. Dessa forma, medidas como a desoneração da folha de pagamento, dividendos de estatais e royalties do petróleo contribuíram para a redução do déficit previsto.
Apesar de divergências sobre a contabilização de valores esquecidos no sistema financeiro, o governo segue empenhado em atingir a meta de déficit primário zero em 2024. Com ajustes nas metas e esforços na arrecadação, a equipe econômica acredita que é possível manter a estabilidade fiscal e cumprir os compromissos financeiros estabelecidos.