BRASIL – Órgãos transplantados pelo SUS no Rio de Janeiro infectados por HIV: Ministério da Saúde e SES se pronunciam sobre caso inédito.

Na última terça-feira, foi confirmado um caso grave de infecção por HIV em pacientes que receberam órgãos transplantados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou a situação, descrevendo-a como “sem precedentes e inadmissível”. O Ministério da Saúde também se manifestou, revelando que dois doadores e seis receptores testaram positivo para o vírus.

Diante desse cenário preocupante, a SES e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) iniciaram sindicâncias para identificar os responsáveis e aplicar as devidas punições. Além disso, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil abriram inquéritos para investigar o caso, visando garantir a segurança dos pacientes e evitar que situações como essa ocorram novamente.

O Sistema Nacional de Transplantes, considerado um dos mais transparentes e seguros do mundo, passou por uma reavaliação após as infecções, com a instauração de auditorias e investigações sobre possíveis irregularidades na contratação do laboratório responsável pelos exames. O laboratório privado PCS, contratado pela Fundação Saúde, teve seus serviços suspensos e está sob investigação.

A gravidade da situação levou a SES a reforçar a excelência do serviço de transplantes no Rio de Janeiro, destacando que, desde 2006, mais de 16 mil vidas foram salvas graças a esse programa. Medidas imediatas foram tomadas para garantir a segurança dos transplantados e uma comissão multidisciplinar foi criada para auxiliar os pacientes afetados.

O laboratório PCS Lab, em nota, afirmou estar investigando as responsabilidades do caso e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. Além disso, está oferecendo suporte médico e psicológico aos pacientes infectados com HIV e suas famílias.

Diante de toda essa complexa situação, é imprescindível que sejam apuradas todas as circunstâncias que levaram a essas infecções, garantindo a segurança dos pacientes e a integridade do sistema de transplantes no país. A transparência e a eficiência desse sistema devem ser sempre priorizadas para assegurar que casos como esse não voltem a acontecer.

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