Em um momento em que a AIDS era cercada de estigmas e preconceitos, a disseminação dessas mentiras gerou medo e repúdio, impactando diretamente a carreira da atriz. Claudia Raia relatou que seu teatro ficou vazio, pois as pessoas tinham receio de contrair a doença. Para desmentir os rumores, ela teve que se submeter a um teste público e até posar com o resultado negativo em uma revista, em um momento humilhante que marcou sua vida.
Além disso, Raia também foi alvo de perseguições devido à sua suposta relação com Collor, o que a levou a se afastar definitivamente da política. Após a vitória do então presidente, seu carro foi vandalizado e suas contas invadidas, evidenciando o preço alto que pagou por sua associação com ele. A atriz afirmou que, após esse episódio traumático, decidiu nunca mais apoiar politicamente qualquer figura.
Em outra ocasião, em 2020, Claudia Raia concedeu uma entrevista ao programa “Fantástico” para celebrar seus 35 anos de carreira, mencionando no livro de memórias “Sempre Raia: Um Novo Dia” o arrependimento por ter apoiado Collor, que sofreu impeachment em 1992. A atriz relembrou como teve que enfrentar críticas e situações difíceis por ter defendido o político, inclusive o momento em que teve que posar segurando um teste negativo de HIV em uma revista.
Dessa forma, Claudia Raia expõe as consequências devastadoras que os boatos e a proximidade com Collor trouxeram para sua vida, evidenciando os desafios enfrentados por uma figura pública diante de falsas informações e perseguições.