A Rede Pasteur é reconhecida como um ator não estatal da Organização Mundial da Saúde (OMS) e está presente em 25 países e cinco continentes. Durante a cerimônia de abertura, o médico e pesquisador da Fiocruz, Manoel Barral Netto, ressaltou a importância de integrar diversas fontes de dados e tecnologias para lidar de forma mais eficaz com as demandas de saúde pública. Ele mencionou o caso da pandemia de covid-19 no Brasil, onde os dados de vacinação foram essenciais para avaliar a eficácia das vacinas aplicadas na população.
Os participantes também debateram sobre a necessidade de alinhar discursos, cooperações e conhecimentos para enfrentar os desafios das crises sanitárias globais. O pesquisador Peter Piot destacou a importância de se preparar para ameaças futuras, como epidemias de resistência microbiana, desastres nucleares e bioterrorismo. Além disso, os pesquisadores presentes ressaltaram o papel fundamental da inteligência artificial na pesquisa em saúde, enfatizando como ela pode ser uma aliada crucial na prevenção de doenças e epidemias.
Em suas palavras, Amadou Sall, presidente da Rede Pasteur, afirmou que a inteligência artificial revolucionou a análise de dados e o diagnóstico, proporcionando respostas mais rápidas às crises. No entanto, ele salientou a importância de garantir que essas tecnologias sejam acessíveis a todos e utilizadas com ética para reduzir as desigualdades. O evento continua sendo um importante espaço de intercâmbio e colaboração entre instituições globais na busca por soluções inovadoras e eficazes para os desafios em saúde pública.