A comunidade religiosa de São Luís do Quitunde, em Alagoas, está em meio a uma crise após a circulação de um áudio polêmico de 2018, envolvendo o Vice-Presidente da Assembleia de Deus no estado, Amaro Antônio. No áudio, resgatado pela oposição local insatisfeita com o cenário eleitoral, o pastor faz duras acusações e ofensas a Barbosinha, pastor recém-candidato a vereador por Maceió.
Além do áudio, começaram a circular nas redes sociais acusações graves contra pastores próximos a Amaro Antônio, alegando envolvimento em crimes como roubo, agressão e feminicídio. O conflito entre Antônio e Barbosinha teria surgido quando este último decidiu ingressar na política, algo que desagradou seu mentor espiritual. Na época, Barbosinha se queixava da falta de apoio de Amaro Antônio e de sua omissão diante de intrigas internas na igreja, envolvendo o presidente Rev. Orisvaldo Nunes de Lima e a mesa diretora da Assembleia de Deus.
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Para muitos fiéis, o caso trouxe à tona o que chamam de “hipocrisia revelada” de Amaro Antônio, que agora apoia publicamente Márcia Cavalcante, figura conhecida da política local, nas eleições deste ano. Essa atitude contraria críticas anteriores feitas pelo próprio pastor. A expectativa dos membros da igreja era de que o apoio de Antônio fosse destinado a Vicka Pacheco, candidata do PP e ligada ao deputado Arthur Lira. Entre as acusações que rondam o vice-presidente da Assembleia de Deus, está o suposto recebimento de valores do prefeito Cícero Cavalcante, pai de Márcia, em troca de apoio político à sua campanha.
A tensão entre os fiéis da Assembleia de Deus em São Luís do Quitunde reflete o impacto que a política local tem gerado dentro da comunidade religiosa, levantando questionamentos sobre a relação entre religião e política.