Além do delegado Cohen, estavam presentes na coletiva Hélio Bressan, delegado seccional de Taboão da Serra, e Júlio Guebert, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), responsável pela região que engloba a capital e municípios vizinhos.
Guebert ressaltou que a motivação para o ataque ainda não está clara e que estão trabalhando com diferentes hipóteses. Ele enfatizou que não permitirá que a polícia seja utilizada pelas campanhas políticas locais, sendo que tanto a campanha do prefeito Aprígio quanto a de seu concorrente, Engenheiro Daniel, têm explorado essas questões nesta reta final.
De acordo com Bressan, não há uma conclusão definitiva sobre o objetivo dos envolvidos no ataque e se houve algum mandante. Durante a prisão de Gilmar Santos, foi encontrado um valor em dinheiro em espécie, que ele justificou como proveniente da venda de um carro.
Os investigadores conseguiram identificar diversos detalhes ligando a emboscada e a fuga, indicando um certo conhecimento e planejamento por parte dos suspeitos. Imagens de uma reunião entre os envolvidos também foram encontradas, sugerindo uma ação planejada. A arma do crime, confirmada como um fuzil pela Secretaria de Segurança Pública, ainda não foi localizada.
O ataque ocorreu por volta das 14h30 de sexta-feira (18), quando o prefeito Aprígio foi alvejado por um tiro que atingiu o vidro blindado do veículo em que estava. Os demais ocupantes do carro saíram ilesos. O ataque aconteceu após saírem de um compromisso de campanha e serem seguidos por pelo menos dois veículos. Pouco depois, próximo à Rodovia Régis Bittencourt, o ataque foi efetuado, aparentemente direcionado ao prefeito.
As investigações continuam em andamento para esclarecer todos os detalhes desse atentado que chocou a população de Taboão da Serra e levantou questionamentos sobre a segurança dos candidatos políticos durante suas campanhas eleitorais.