Um dos experimentos em destaque consiste na exposição de tijolos feitos de solo lunar simulado às condições do espaço. A expectativa é de que, caso os testes sejam bem-sucedidos, esses tijolos possam se tornar um material-chave para a construção de uma estação de pesquisa lunar permanente, que a China planeja concluir até 2035. Isso poderia representar uma solução mais conveniente do que transportar materiais de construção da Terra.
Além disso, a China demonstra um interesse crescente na exploração lunar, tendo lançado com sucesso a sonda lunar Chang’e-6, que retornou com amostras do lado oculto da Lua. Com planos de realizar um pouso tripulado na Lua até 2030, o país tem se destacado no cenário espacial mundial, despertando a preocupação dos Estados Unidos.
Enquanto a China avança em seu programa espacial, os Estados Unidos enfrentam desafios recentes em seus voos espaciais tripulados. Problemas com a cápsula Starliner, da Boeing, resultaram no prolongamento da estadia de dois astronautas da Nasa na Estação Espacial Internacional. Em contrapartida, a China se prepara para situações de emergência, otimizando planos de resposta para lidar com possíveis danos à espaçonave Shenzhou-19, causados por detritos espaciais.
Com uma missão bem-sucedida até o momento, a tripulação da Shenzhou-19 deve retornar à Terra no próximo ano. A presença constante da China no espaço e seus planos futuros mostram que o país se consolida como uma potência espacial em ascensão, colocando-se como um protagonista na exploração e pesquisa espacial.