Em seu pronunciamento, a juíza enfatizou as dificuldades enfrentadas durante a investigação do crime e mencionou o longo período de sofrimento vivido pelas famílias das vítimas em busca de respostas. O processo judicial culminou com a condenação de Ronnie Lessa a 78 anos, 9 meses e 30 dias de prisão, e de Élcio de Queiroz a 59 anos, 8 meses e 10 dias.
Durante a leitura da sentença, a magistrada ressaltou a importância do júri como uma forma de representação da vontade popular e agradeceu aos jurados pelo serviço voluntário prestado. Ela reconheceu a dor insuperável das famílias das vítimas e enfatizou a natureza traumática do crime de homicídio, que deixa uma ferida aberta no coração dos sobreviventes.
A juíza também abordou a colaboração premiada dos acusados, que resultou em suas confissões sobre a autoria do crime. Ela reiterou a mensagem de que, apesar das imperfeições do sistema judiciário, a Justiça sempre prevalece. Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram sentenciados a pagar pensão ao filho de uma das vítimas, além de uma indenização por danos morais aos familiares.
Por fim, a juíza agradeceu a todas as partes envolvidas no caso, incluindo a Defensoria Pública, as defesas dos acusados, os serventuários da Justiça e os policiais militares. Ela encerrou a sessão de julgamento e determinou a manutenção da prisão preventiva dos condenados, negando-lhes o direito de recorrer em liberdade.
Dessa forma, a Justiça foi feita e a condenação dos responsáveis pelo brutal assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes foi uma vitória para a sociedade e um passo em direção à punição dos culpados.