Os primeiros anos do Ilê Ayê foram marcados por muito preconceito e dificuldades, conforme relata Antonio Carlos dos Santos Vovô, uma figura importante no bloco. A ligação do bloco com a religião também é bastante forte, já que sua trajetória se entrelaça com a do terreiro Ilê Axé Jitolú, liderado por Mãe Hilda, na Ladeira do Curuzu em Salvador.
Atualmente, o Curuzu é palco de um importante ritual realizado pelo bloco: a bênção para a saída, que envolve uma celebração com dezenas de percussionistas e coral negro. Além disso, o Ilê Ayê tem investido em atividades educativas e de inclusão, mantendo viva a tradição do bloco com a Escola Mãe Hilda na Senzala do Barro Preto.
Para celebrar seu cinquentenário, o bloco realizou diversos eventos como documentários, shows nacionais e internacionais, e uma exposição. Na noite desta sexta-feira (1º), foi realizado um show na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, com a presença de convidados especiais como a Orquestra Afrosinfônica, Matilde Charles, Daniela Mercury e Carlinhos Brown.
Ao longo de sua história, o Ilê Ayê tem sido um importante representante da cultura negra e da luta por igualdade e valorização das raízes africanas no Brasil. Através de sua música, rituais e atividades educativas, o bloco continua a inspirar gerações e a manter vivo o legado de resistência e amor à cultura afro-brasileira.