O acumulado nos dez primeiros meses do ano alcançou um superávit de US$ 63,022 bilhões, 22% menor do que o mesmo período do ano passado. No entanto, este é o segundo melhor resultado para o período desde o início da série histórica em 1989.
As exportações no mês de outubro totalizaram US$ 29,461 bilhões, uma leve queda de 0,7% em relação ao ano anterior. Enquanto isso, as importações dispararam para US$ 20,501 bilhões, um aumento de 22,5%, impulsionadas principalmente por gás natural e bens de capital.
A redução nos preços internacionais de commodities como soja, milho, ferro, aço e açúcar contribuiu para a queda no valor das exportações. No entanto, vendas de produtos como café, celulose e carne bovina apresentaram aumento, compensando parcialmente a diminuição de preço dos demais produtos.
Do lado das importações, destacou-se o aumento nas aquisições de medicamentos, motores, máquinas, adubos, fertilizantes químicos e, principalmente, de gás natural, cujo valor importado aumentou expressivos 306,6%.
Em relação aos setores, a indústria de transformação foi a exceção, com aumento na quantidade exportada e no preço médio. Já na indústria extrativa, houve aumento na quantidade exportada, mas os preços médios recuaram.
As projeções do governo apontam para um superávit comercial de US$ 70 bilhões em 2024, com expectativa de queda de 1,2% nas exportações e aumento de 10,2% nas importações. Essas previsões são mais pessimistas do que as do mercado financeiro, que projetam um superávit de US$ 77,78 bilhões para o mesmo ano.
