De acordo com o edital do Enem, qualquer tentativa de fraude durante o exame resulta na eliminação imediata do candidato. A organização do Enem alertou, inclusive, que fraudar a prova configura um crime federal. Em diversas escolas, cartazes foram afixados alertando os estudantes sobre as consequências da tentativa de fraude.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) se manifestou sobre o caso, informando que os candidatos que publicaram evidências de fraude nas redes sociais ainda podem ser desclassificados, mesmo sem terem sido flagrados no momento da prova. O Inep ressaltou que a utilização de meios fraudulentos em benefício próprio é passível de eliminação a qualquer momento.
Os modelos de redação utilizados pelos candidatos são textos disponíveis gratuitamente na internet ou vendidos por valores acessíveis. A ideia é preencher lacunas com o tema específico da prova, adaptando os repertórios culturais, introdução e argumentos de forma genérica. Essa prática levanta questionamentos sobre os critérios de correção do Enem, que parecem valorizar mais a forma do que o conteúdo dos textos.
Algumas das publicações nas redes sociais foram removidas após viralizarem, enquanto outras ainda estão disponíveis. Em um vídeo postado por uma estudante, é possível observar o rascunho da redação entregue por ela, que era idêntica à versão pré-pronta, indicando um possível caso de fraude. A polêmica gerada por essas práticas levanta discussões sobre a integridade do processo avaliativo do Enem.