Durante a abertura dos trabalhos, Medeiros ressaltou a importância do 20 de novembro como data histórica para celebrar a cultura e as contribuições do povo negro no Brasil. Ele destacou que a transformação do dia em feriado nacional em 2024 e o tema da redação do Enem deste ano, que abordou a valorização da herança africana no país, são passos significativos para fortalecer o debate sobre igualdade racial.
O deputado enfatizou a relevância do Parlamento alagoano em discutir temas tão importantes para o estado, que abriga o Quilombo dos Palmares, berço da resistência negra. Medeiros afirmou que a sociedade brasileira não pode mais conviver com a discriminação por cor, raça ou religião e que é necessário trabalhar pela união e igualdade.
Durante a sessão, a coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU) de Alagoas, Marluce Remígio dos Santos, ressaltou a importância de encontros como esse para combater o racismo estrutural e institucional, além de lutar por melhores condições de vida para a população negra. Ela também destacou a necessidade de implementar a Lei 10.739/2003, que prevê o ensino da cultura afro-brasileira nas escolas.
A secretária executiva do Conselho Estadual de Promoção e Igualdade Racial, Leone Silva, enfatizou a importância de discutir e implementar políticas de enfrentamento ao racismo de forma contínua, não apenas durante o mês da Consciência Negra. Ela ressaltou que a história do povo negro em Alagoas precisa ser contada, revisada e reestruturada em toda a sua complexidade histórica, considerando os mais de 300 anos de luta contra a escravidão.
Em suma, a sessão especial na Assembleia Legislativa de Alagoas foi fundamental para reforçar o compromisso do estado em promover a igualdade racial e implementar políticas eficazes de enfrentamento ao racismo estrutural. A união de entidades, autoridades e sociedade civil mostrou que a luta pela consciência negra deve ser contínua e que a discriminação racial não tem espaço em um país tão diverso e rico em cultura como o Brasil.
