O crime chocante aconteceu enquanto o sargento efetuava nove disparos em direção à comunidade do Dendê, colocando em risco a vida de qualquer pessoa naquela área. O tiro que atingiu Eloah foi direto em seu peito, sem qualquer motivo aparente que justificasse tamanha violência.
Segundo a denúncia apresentada pelo MPRJ, não havia troca de tiros no momento do disparo, nem mesmo uma ameaça iminente que pudesse justificar a atitude do sargento. Além disso, a arma utilizada, um fuzil Colt calibre 556, é considerada de uso restrito pelas forças de segurança.
O presidente da República na época, Luiz Inácio Lula da Silva, expressou consternação diante do caso, questionando a origem da chamada “bala perdida”: “Que bala perdida é essa? Alguém atirou para aquele lado, essa bala não se perdeu. Essa bala foi atirada para aquele lado para atingir alguém e pegou uma criança de 5 anos de idade”, comentou Lula durante uma transmissão.
Diante da gravidade do caso, o MPRJ solicitou o afastamento do sargento das operações policiais e do patrulhamento externo até o julgamento, alegando que não é aceitável manter um policial ativo na tropa que cometeu atos tão graves contra a população sem justificativa. O pedido visa garantir a segurança da comunidade e a aplicação da justiça no caso da morte da pequena Eloah.