O julgamento que resultou no placar de 6 votos a 4 foi presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Em sua argumentação, Moraes enfatizou a ausência de irregularidades na decisão prévia que condenou Collor. Os ministros Edson Fachin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux se uniram ao relator e votaram pela manutenção da condenação.
Por outro lado, os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, André Mendonça e Nunes Marques defenderam a redução da pena de Collor para quatro anos, alegando equívocos na dosimetria penal. Vale ressaltar que Cristiano Zanin se absteve de participar do julgamento devido a um impedimento.
O processo contra Collor teve início em maio do ano passado, quando o STF considerou que, durante sua gestão no PTB, o ex-presidente indicou pessoas para cargos na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, em troca de vantagens ilícitas no valor de R$ 20 milhões. Os atos ilícitos teriam ocorrido entre os anos de 2010 e 2014.
Além da condenação de Collor, dois ex-assessores do ex-presidente também foram sentenciados, embora tenham a possibilidade de substituir suas penas por serviços comunitários. A decisão do STF reforça o compromisso com o combate à corrupção e a punição dos responsáveis por irregularidades no âmbito político e econômico do país.