BRASIL – Postura de Trump pode isolar os Estados Unidos do resto do mundo ao negar crise climática e promover combustíveis fósseis, diz ministro.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tem causado polêmica ao negar a crise climática e promover a expansão do uso de combustíveis fósseis, apesar das evidências científicas que apontam para o aquecimento global. Essa postura do novo mandatário da Casa Branca pode resultar no isolamento dos Estados Unidos em relação ao resto do mundo, de acordo com o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.

Em uma entrevista ao programa Giro Social, Pimenta ressaltou que o mundo atual é muito multilateral, com países como a Índia, a China e o Brics exercendo forte influência na política internacional. Ele alertou que a postura de Trump, e eventualmente da Argentina, de seguir no mesmo caminho, poderá deixar esses países em uma posição de isolamento diante dos esforços internacionais para combater a crise climática.

O Brasil tem como uma de suas prioridades no plano internacional o combate à crise climática, que será um dos grandes temas debatidos na cúpula do G20, iniciada nesta segunda-feira no Rio de Janeiro. Pimenta citou desastres climáticos recentes, como o do Rio Grande do Sul, na Espanha e no deserto do Saara, ressaltando que as mudanças climáticas estão se tornando uma realidade presente que afeta a vida de todas as pessoas.

Mesmo com a postura de negação de Trump, Pimenta acredita que o mundo não ficará refém dos Estados Unidos ou de condutas negacionistas, e que o Brasil terá um papel importante nesse cenário. Ele também mencionou a cobrança feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que os países ricos financiem a adaptação e mitigação das mudanças climáticas nos países mais pobres, reforçando a necessidade de um acordo para esse fim.

O ministro destacou a importância de os países mais ricos assumirem a responsabilidade e contribuírem com o financiamento necessário para combater os efeitos das mudanças climáticas e promover a transição energética. Essa questão do financiamento climático pode ser um dos legados do G20 no Brasil, segundo Pimenta, que enfatizou a necessidade de os países mais desenvolvidos pagarem a maior parte desse custo, considerando os impactos gerados por suas emissões passadas.

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