Com a presidência temporária do governo brasileiro chegando ao fim, a expectativa era de resistência por parte da Argentina, liderada pelo ultraliberal Javier Milei. No entanto, a proposta de taxação dos super-ricos já havia sido consensuada anteriormente e foi mantida na versão final da carta, sem ressalvas.
Estima-se que a taxação de 2% sobre o patrimônio dos indivíduos super-ricos poderia gerar US$ 250 bilhões por ano, que seriam direcionados para a redução da desigualdade e financiamento de iniciativas sustentáveis. Esse grupo seleto de super-ricos, que soma aproximadamente 3 mil pessoas, detém um patrimônio de cerca de US$ 15 trilhões, superando o Produto Interno Bruto de muitos países em todo o mundo.
Além da taxação progressiva dos mais ricos, a carta final do G20 também destaca a necessidade de combater a fome, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O documento ressalta a importância de ações concretas e eficazes para garantir o acesso a alimentos e propõe a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que já conta com a adesão de 82 países e diversas instituições multilaterais e privadas.
O G20, composto por 19 países e dois órgãos regionais, encerrou sua presidência temporária sob o governo brasileiro e passará a ser presidido pela África do Sul. Durante sua gestão, o Brasil priorizou temas como combate à fome e à pobreza, reforma das instituições multilaterais e luta contra as mudanças climáticas. A expectativa é de que essas questões continuem sendo debatidas e implementadas nos próximos encontros do grupo.