O documento final da Cúpula não trouxe menções específicas ao fim do poder de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido). No entanto, a inclusão da palavra “compromisso” nas mudanças propostas para o órgão das Nações Unidas representa uma conquista significativa para os países emergentes.
Segundo o texto, a reforma do Conselho de Segurança visa torná-lo mais representativo, inclusivo, eficiente, democrático e transparente para toda a comunidade das Nações Unidas. Essas mudanças têm como objetivo melhorar a eficácia do órgão e tornar mais transparentes os processos de trabalho e tomada de decisões.
Além disso, os países do G20 apoiaram a ampliação da composição do Conselho de Segurança, visando uma representação mais equilibrada das diferentes regiões do mundo, especialmente da África, Ásia-Pacífico e América Latina e Caribe. Essa medida é essencial para garantir uma distribuição mais justa de responsabilidades entre todos os membros do Conselho.
Outro ponto relevante abordado pelo documento foi a questão do endividamento de países pobres. O G20 saudou o alcance da meta de destinação de US$ 100 bilhões em direitos especiais de saque das reservas internacionais para financiar projetos em países mais necessitados. Também foi destacada a necessidade de desenvolver mecanismos eficazes para reduzir as vulnerabilidades da dívida em países de baixa e média renda.
Em relação à arquitetura financeira internacional, o documento reiterou a importância de reformar o regime de cotas do FMI, dando mais poder aos países emergentes. Além disso, o G20 reconheceu a necessidade de aumentar a capacidade do Banco Mundial em conceder financiamentos, especialmente para países de renda média e baixa que enfrentam desafios globais como as mudanças climáticas e a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
Apesar dos avanços alcançados durante a Cúpula do G20, alguns pontos ainda precisam ser discutidos e aprimorados, como a questão dos financiamentos em moedas locais para evitar o aumento da dívida em moeda estrangeira. No entanto, o compromisso dos países membros em continuar buscando soluções para esses desafios demonstra a importância e a relevância do grupo como um fórum de cooperação e diálogo entre as maiores economias do mundo.