Com o intuito de promover uma reflexão sobre o legado do Cais do Valongo, o evento marca o Dia da Consciência Negra e destaca a importância desse sítio arqueológico para a história afro-brasileira e o reconhecimento da diáspora africana. O Cais do Valongo foi o maior porto de entrada de africanos escravizados nas Américas entre 1775 e 1830, e seu espaço sagrado conserva mais de 510 mil itens que testemunham a diversidade cultural e a resistência dos povos africanos.
Reconhecido pela UNESCO como patrimônio mundial desde 2017, o Valongo representa um marco fundamental para o movimento afro-brasileiro. A DPU e o Ministério Público Federal têm se unido em ações para proteger e valorizar o patrimônio histórico, como os projetos de lei que propõem a criação do Museu da História da Escravidão e da Consciência Negra, bem como diretrizes para a proteção do Cais do Valongo.
A programação do evento inclui uma mesa de abertura, a exibição do documentário e uma roda de conversa com representantes de diversos setores, que discutirão a importância do Valongo e da Pequena África como territórios de resistência e memória, além dos desafios para a preservação desse patrimônio. Será uma oportunidade para o público interagir e debater com os conferencistas.
Este ano, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra será comemorado como feriado nacional pela primeira vez, após a sanção de um projeto de lei pelo presidente Lula. A data ressalta a importância da celebração e reflexão sobre a resistência e a história da população negra no Brasil.