Essa afirmação surgiu a partir de uma conversa registrada no relatório de inteligência da operação, que visava impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. No áudio divulgado, Fernandes menciona que Bolsonaro teria afirmado que a “ação” poderia ser realizada até o último dia de seu mandato.
Durante sua gestão, o general ocupou o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República. Segundo a Polícia Federal, Fernandes foi responsável pela elaboração de um arquivo de word intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, com um planejamento voltado para o sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e dos presidentes eleitos Lula e Alckmin.
A investigação apontou que o documento foi impresso no Palácio do Planalto e posteriormente levado para o Palácio da Alvorada, residência oficial de Bolsonaro. No entanto, o ex-presidente não foi mencionado como investigado no caso.
Até o momento, Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal. Porém, seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, declarou que “pensar em matar alguém não é crime”, em suas redes sociais.
A defesa do general Mário Fernandes não foi contatada pela Agência Brasil para comentar o caso. O espaço está aberto para manifestações e mais informações sobre essa operação que abalou o cenário político do país.