De acordo com o comunicado oficial do PT, manter a tramitação do projeto é considerado “inoportuno” e “inconveniente” para a democracia, especialmente após o recente atentado à bomba contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília e as conclusões da Polícia Federal no inquérito do dia 8 de janeiro. O comunicado destaca que o plano de assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre Moraes revela a gravidade da situação.
A Polícia Federal deflagrou uma operação para desarticular a organização criminosa responsável por planejar o golpe de Estado, denominado “Operação Punhal Verde e Amarelo”. O plano incluía o assassinato de Lula e Alckmin, bem como a prisão e execução de um ministro do STF, caso o golpe fosse concretizado. Quatro militares do Exército e um agente da PF foram presos durante a operação.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a prisão preventiva dos militares e do agente da PF envolvidos no plano de golpe. Os quatro militares são integrantes das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kid pretos”, especializados em ações de guerrilha e infiltração. A prisão do agente da PF também foi autorizada devido ao seu suposto envolvimento no plano.
Diante de toda essa situação, o PT argumenta que a anistia proposta no PL nº 2.858 poderia beneficiar os líderes do golpe, além de incentivar indivíduos extremistas de extrema direita. A manutenção da tramitação do projeto é vista como uma ameaça à democracia e à estabilidade institucional do país.