A ministra enfatizou também a invisibilidade e subalternização da figura da pessoa negra, fruto de um longo processo de apagamento da cultura afrodescendente. Por isso, a celebração do 20 de novembro – data em que o líder quilombola Zumbi dos Palmares foi morto – representa uma oportunidade de relembrar e valorizar a história, a memória e a cultura do povo negro.
Anielle ressaltou que, apesar de representarem 56% da população brasileira, os negros ainda sofrem com desigualdades, fome, pobreza e violência, reflexo de uma escravização histórica que não foi reparada até os dias de hoje. Com a oficialização do 20 de novembro como feriado nacional no ano passado, o Ministério da Igualdade Racial busca conscientizar a população sobre a importância da luta do movimento negro e do caminho em direção à igualdade racial.
Durante as comemorações, a secretária-executiva do ministério, Roberta Eugênio, participou de um evento no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, em Alagoas. Este local é considerado um símbolo da resistência negra brasileira, pois abrigou por quase um século o Quilombo dos Palmares, o maior quilombo do país.
Roberta Eugênio ressaltou a importância dos quilombos como territórios de luta e resistência, onde os negros exerciam seu direito de serem de forma plena. A celebração no parque contou com um cortejo de religiosos de matriz africana e apresentações culturais que exaltavam a diversidade e a ancestralidade afro-brasileira.
Dessa forma, a oficialização do 20 de novembro como feriado nacional e as celebrações realizadas em diferentes partes do país reforçam a necessidade de reconhecimento e valorização da história e da cultura afrodescendente, bem como o combate às desigualdades e injustiças que ainda persistem na sociedade brasileira.