BRASIL – Ministro da Agricultura apoia boicote do agronegócio brasileiro ao Carrefour na França em represália à suspensão de carne do Mercosul.

Na última quinta-feira (21), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, manifestou seu apoio ao movimento liderado por associações de produtores de proteína animal e entidades do agronegócio brasileiro em resposta à decisão do Carrefour, na França, de suspender a venda de carne proveniente dos países do Mercosul em suas lojas europeias. A atitude do CEO mundial da companhia, Alexandre Bompard, gerou revolta entre os representantes do setor agropecuário brasileiro.

O Mercosul, bloco econômico composto por Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai, viu-se impactado pelo anúncio de exclusão das carnes mercosulinas das prateleiras do Carrefour na França. Em resposta, o Ministério da Agricultura divulgou nota repudiando a decisão da rede varejista e reafirmando a qualidade da carne produzida no Brasil. Os representantes do setor, como a Abiec, a ABPA, a CNA, a Abag, a SRB e a Fiesp, também emitiram comunicado de repúdio e cogitaram a possibilidade de boicotar a oferta de carne ao Grupo Carrefour no Brasil.

O ministro Fávaro, durante um evento em Brasília, expressou seu apoio à postura das entidades brasileiras em não fornecer carne ao Carrefour em solidariedade às medidas adotadas na França. Ele destacou a importância da soberania e do respeito à legislação brasileira nesse contexto. A atitude das empresas francesas, como Danone e Carrefour, em tomadas de decisões que impactam o agronegócio brasileiro, levanta questões sobre uma possível ação articulada contra o setor agropecuário nacional.

O veto do Carrefour às carnes do Mercosul é interpretado pelo Ministério da Agricultura como uma estratégia para dificultar o avanço do acordo de livre comércio entre o bloco sul-americano e a União Europeia. O tema foi discutido durante a Cúpula do G20 e sofre resistência por parte da França, que alega questões ambientais como entrave para o acordo. A posição francesa reflete interesses dos produtores locais, que temem perder mercado com a entrada em vigor do tratado.

Em meio a essa controvérsia, o setor agropecuário brasileiro se mantém firme em defender a qualidade e a sustentabilidade de sua produção, enquanto busca soluções para contornar as adversidades impostas pelo mercado internacional. A solidariedade das entidades e representantes do setor reforça a união em prol do agronegócio nacional e da defesa da soberania brasileira em relação à produção de alimentos.

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