Durante a fiscalização, a equipe da FPI encontrou quatro carcaças de bovinos e alguns cortes prontos para a comercialização em condições totalmente inseguras. A carne estava armazenada em um reboque de veículo, envolta em papelão sujo, sem refrigeração e exposta a moscas, representando um perigo iminente para a saúde dos consumidores. Além disso, os responsáveis pelo abate não utilizavam equipamentos de proteção individual (EPI) e não seguiam nenhuma norma sanitária.
A promotora de Justiça Lavínia Fragoso, que acompanhou a ação da equipe de Produtos de Origem Animal da FPI, destacou a gravidade da situação, ressaltando que o abate clandestino era realizado sem licença ambiental e em desacordo com a legislação sanitária vigente em Alagoas. Além disso, os resíduos do abate eram descartados de forma irregular nos arredores da propriedade, representando um risco ambiental para a região.
Como resultado da operação, a carne foi apreendida para descarte, juntamente com as ferramentas utilizadas no abate dos animais. O proprietário do abatedouro irregular recebeu diversos autos de infração, incluindo pela falta de licença ambiental, descarte irregular de resíduos e produção de produtos impróprios para consumo humano. O responsável foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos sobre a atividade ilegal realizada em suas instalações.
A ação contou com a participação de diversas entidades, como a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ministérios Públicos de Alagoas (MPAL) e Federal (MPF), demonstrando a importância da integração entre os órgãos na fiscalização de atividades ilegais que representam riscos à saúde pública e ao meio ambiente.
Portanto, a interdição do abatedouro irregular em Penedo foi uma ação crucial para proteger a saúde da população e garantir que os alimentos consumidos estejam em conformidade com as normas sanitárias e ambientais vigentes. A fiscalização e combate a práticas ilegais como essa são fundamentais para preservar a qualidade de vida e bem-estar da população.