Essas estimativas alarmantes apontam para a urgência de implementar estratégias para reduzir esse impacto negativo. Uma das propostas é a utilização de impostos seletivos, aumentando o custo dos produtos nocivos à saúde pública. Essa medida, além de financiar o tratamento das doenças causadas por esses produtos, também tem o potencial de reduzir o consumo de substâncias prejudiciais e incentivar escolhas mais saudáveis. Segundo Marília Albiero, coordenadora de Inovação e Estratégia da ACT Promoção da Saúde, a aplicação de impostos seletivos pode trazer benefícios a longo prazo, como a redução de custos no sistema de saúde e a melhoria da qualidade de vida da população.
Diante desses dados preocupantes, as ONGs têm liderado uma campanha pela inclusão desse tipo de imposto na reforma tributária, como uma estratégia eficaz para promover a saúde e garantir um financiamento adequado para as políticas públicas. Pedro de Paula, diretor da Vital Strategies no Brasil, ressalta a importância de setores que causam mais custo para a sociedade arcarem com os custos, contribuindo para a sustentabilidade do sistema de saúde e o bem-estar da população.
Além dos impactos econômicos, os estudos indicam que as doenças relacionadas ao consumo de ultraprocessados e álcool acarretam um alto número de mortes por ano. A implementação de impostos seletivos pode contribuir significativamente para a redução desses índices, promovendo a saúde pública e melhorando a qualidade de vida dos brasileiros. Portanto, medidas eficazes e urgentes precisam ser adotadas para combater os efeitos nocivos desses produtos na sociedade.