Durante sua participação no Encontro Nacional da Indústria, em Brasília, o presidente demonstrou determinação ao afirmar: “Eu quero que o agronegócio continue crescendo e causando raiva em deputados franceses. Porque nós vamos fazer o acordo do Mercosul. Nem tanto pela questão monetária, mas porque estamos há 22 anos nesse processo e vamos concretizá-lo”.
Ao longo dos anos, Lula tem enfatizado o protecionismo europeu, em especial da França, ao criticar as barreiras que prejudicam as exportações brasileiras. Em reação às críticas e dúvidas sobre a qualidade da carne brasileira levantadas pela Assembleia Nacional da França, o presidente enfatizou que a Comissão Europeia tem o poder de decisão e que pretende assinar o acordo ainda este ano, afirmando que retirará esse tema da pauta.
Recentemente, o Carrefour na França havia anunciado o boicote à carne produzida no Mercosul, o que gerou um movimento de represália por parte dos produtores brasileiros. No entanto, após um pedido de desculpas do presidente do Carrefour, Alexandre Bompard, o boicote foi encerrado e as relações comerciais foram normalizadas.
A expectativa é que a Cúpula do Mercosul, que acontecerá nos dias 5 e 6 de dezembro em Montevidéu, no Uruguai, seja o momento propício para o anúncio do tratado de livre comércio entre os dois blocos. Lula, que participará do encontro, reforçou seu desejo de expandir o comércio do Brasil com novos parceiros, como a China e a Índia, vislumbrando oportunidades de crescimento e desenvolvimento para a indústria brasileira.